Casa Branca ameaça usar meios militares em defesa de Bolsonaro após voto de Moraes no STF

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Foto: Casa Branca

A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou nesta terça-feira (9) que o governo de Donald Trump está disposto a usar meios econômicos e até militares para proteger a liberdade de expressão ao redor do mundo, em referência ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal.

A declaração foi feita em resposta a uma pergunta do repórter Michael Shellemberger, do site Public News, que questionou se Trump considerava ações adicionais diante da possibilidade de condenação de Bolsonaro, o que poderia impedi-lo de disputar eleições novamente. “O presidente Trump não tem medo de usar meios econômicos nem militares para proteger a liberdade de expressão ao redor do mundo.

A liberdade de expressão é a questão mais importante dos nossos tempos. Presidente Trump leva isso muito a sério, e por isso tomamos ações contra o Brasil”, disse Leavitt. Apesar do tom duro, a porta-voz ressaltou que, por enquanto, não há nenhuma ação adicional prevista contra o governo brasileiro. A Embaixada dos Estados Unidos no Brasil compartilhou a fala em suas redes oficiais.

A declaração ocorre em meio ao julgamento conduzido pela Primeira Turma do Supremo, que analisa o núcleo considerado crucial da tentativa de golpe de Estado. O ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, votou pela condenação de Bolsonaro e de outros sete aliados, acusados de integrar uma organização criminosa que tentou impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva em 2023. Entre os réus estão Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin; Almir Garnier, ex-comandante da Marinha; Anderson Torres, ex-ministro da Justiça; Augusto Heleno, ex-ministro do GSI; Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência; Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa; e Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil.

As acusações incluem cinco crimes: tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, com pena de quatro a oito anos; tentativa de golpe de Estado, de quatro a doze anos; participação em organização criminosa armada, de três a oito anos, podendo chegar a dezessete com agravantes; dano qualificado, de seis meses a três anos; e deterioração de patrimônio tombado, de um a três anos. Caso sejam aplicadas as penas máximas em conjunto, Bolsonaro e os demais acusados podem enfrentar até 43 anos de prisão.

Mágson Alves

Mágson Alves

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