“Que Golpe Porra?” Bolsonaro fica irritado durante entrevista à CNN nesta terça (15)

Esbravejando, Bolsonaro questiona decisão da PGR

Durante uma entrevista ao programa CNN Arena, da CNN Brasil, na noite de ontem (15) de Julho, o ex-presidente da república, Jair Messias Bolsonaro ficou irritado e acabou xingando ao questionar sobre a decisão da PGR em pedir sua condenação por golpe de estado, durante a entrevista ao vivo ele esbravejou, “Agora querem me prender por tentativa de, que golpe porra, que golpe?, que golpe é esse?, sem tropa, sem armas, sem Forças Armadas sem nada, com coitados na rua”.

“Que Golpe Porra” de Bolsonaro soa como desequilíbrio

Esse desequilíbrio todo não é por acaso, Bolsonaro se sente encurralado e pressionado após se tornar um dos principais suspeitos da tentativa de golpe de estado em 08 de Janeiro de 2023, embora alegue que não houve tentativa, as evidências apuradas até o momento, evidências essas, usadas para sua condenação, mostrarem exatamente o contrário, além de ter ciência dos fatos, ele possivelmente ajudou com a trama golpista.

Na segunda-feira (14), a PGR pediu a condenação de Bolsonaro e mais 7 pessoas envolvidas no golpe, o pedido foi encaminhado ao Ministro do STF Alexandre de Moraes, a manifestação faz parte das últimas etapas do julgamento, que deve ocorrer em setembro deste ano. O Procurador-Geral Paulo Gonet, defendeu ainda que Bolsonaro e os demais sejam condenados por organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado.

Além do ex-presidente Bolsonaro, a PGR pediu a condenação de mais sete réus, são eles: Walter Braga Netto, general de Exército, ex-ministro e vice de Bolsonaro na chapa das eleições de 2022; General Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional; Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência – Abin; Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de segurança do Distrito Federal; Almir Garnier, ex-comandante da Marinha; Paulo Sérgio Nogueira, general do Exército e ex-ministro da Defesa; Mauro Cid, delator e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

Se condenados, as penas máximas podem passar dos 30 anos de prisão, com ressalvas a Mauro Cid, que deve ter a pena suspensa por ter assinado um acordo de delação premiada durante a investigação da Polícia Federal. Neste momento, as defesas devem encaminhar suas alegações finais, e na sequência a Primeira Turma da Corte do STF deverá marcar a data do julgamento.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), marcou para o dia 24/7 os interrogatórios dos réus da Ação Penal (AP) 2694, que integram o Núcleo 4 da tentativa de golpe de Estado. Esse grupo é formado por pessoas acusadas de espalhar notícias falsas e atacar instituições e autoridades.

São réus nesse núcleo Ailton Moraes Barros (ex-major do Exército), Ângelo Denicoli (major da reserva do Exército). Giancarlo Rodrigues (subtenente do Exército), Guilherme Almeida (tenente-coronel do Exército), Reginaldo Abreu (coronel do Exército), Marcelo Bormevet (agente da Polícia Federal) e Carlos Cesar Moretzsohn Rocha (presidente do Instituto Voto Legal). Os depoimentos serão tomados por videoconferência.

A oitiva das testemunhas do Núcleo 4 foram concluídas na manhã desta quarta-feira (16) em audiência conduzida pela juíza auxiliar Luciana Sorrentino, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), que atua no gabinete do ministro Alexandre de Moraes, relator das ações. Foram ouvidos Guilherme Dieguez Cândido, Vitor de Paula Targueta, Luiz Gustavo da Silva Mota, Paulo Maurício Fortunato Pinho, Julio Cesar Valente da Costa Junior, Marcelo Nogueira de Sousa e Marcus Rogers Cavalcanti Andrade.

Testemunhas do Núcleo 2

Também foram ouvidas nesta quarta testemunhas do Núcleo 2 indicadas pelos réus Filipe Garcia Martins Pereira e Marcelo Costa Câmara, ex-assessores de Bolsonaro. A audiência foi conduzida pelo ministro Alexandre de Moraes, relator das ações, com participação do Ministério Público e dos advogados de defesa. Prestaram depoimentos o general Gonçalves Dias, ex-ministro do GSI, e o senador Ciro Nogueira.

As audiências das testemunhas do Núcleo 2 estão previstas até o dia 21 de julho. Entre os dias 21 e 23, serão ouvidas as testemunhas arroladas pelas defesas dos réus do Núcleo 3.

Veja a entrevista completa em que Bolsonaro esbraveja “Que Golpe Porra”?

Mágson Alves

Mágson Alves

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